quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Cerâmica - parte I

O conhecimento da origem de um trabalho fortalece o processo de identificação e estabelece vínculos concretos com o presente e futuro.

História (parte I)

É difícil estabelecer o momento exato da descoberta do processo da cerâmica - ou seja -, da modelação, secagem e cozedura, pelas quais uma simples peça de argila se transforma em cerâmica.
Quando o homem pré-histórico descobre o fogo e a sua capacidade para endurecer o barro, todo um mundo de possibilidades se abre perente ele. Mas será apenas no neolítico, quando o homem se dentariza e se dedica  pela primeira vez à agricultura e ao pastoreio, que a cerâmica se vai desenvolver e difundir.
O homem e a mulher pré-históricos modelavam o barro à mão, mediante a técnica de bola ou a de rolos de argila. Utilizavam também cestos para enfornar recipientes, usando-os como uma espécie de moldes primitivos.
Esta cerâmica, cozida a temperaturas muito baixas, era porosa e muito frágil. Soluções foram sendo encontradas para resolver os problemas. Para tornar os seus vasos impermeáveis, por exemplo, recorriam ao polimento. A decoração era feita com punções ou com a simples pressão dos dedos, impressões essas que ficavam marcadas na argila mole. Também se recorria com muita frequência a desenhos com motivos geométricos. E ainda a pintura, feita com pigmentos de cor vermelha ou bege, produzidos a partir da própria argila com que trabalhavam.
Uma vez decoradas e secas, estas peças deviam adquirir dureza, possível somente com a cozedura. O sistema não permitia alcancar temperaturas altas - estas rondariam os 600° C - mais ainda assim era o suficiente para converter a argila numa cerâmica de cor negra. A estas fogueiras sucederiam os fornos primitivos, que seriam aperfeiçoados pouco a pouco. O controle do fogo iria evoluir, permitindo um gradual aumento da temperatura de cozedura.

(Texto do livro - La Cerámica)

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