sábado, 20 de fevereiro de 2010

Do chato ao chique

Ecologia deixou de ser um assunto restrito a entusiastas e cientistas. O tema muitas vezes visto como árduo, no passado, agora ocupa as manchetes de jornais e, até, as colunas sociais. O que era chato ficou chique. Empresas, mídia, governos, bancos, astros de Hollywood e do Brasil passaram a discutir – com urgência –
como fazer para salvar o homem do aquecimento global e melhorar a qualidade de vida na Terra.
A noção de sustentabilidade – desenvolvimento que não compromete o futuro – começa a ganhar as ruas.
O movimento Planeta Sustentável faz parte dessa corrente que pretende amenizar nosso impacto sobre o ambiente e tornar a convivência social cada vez mais civilizada.

Um bom começo é praticar os “três erres”: reduzir, reutilizar e reciclar.

A luta pela sustentabilidade será vencida em diversas frentes – que vão da tecnologia à política.
Mas em todas elas será preciso promover a mudança de hábitos pessoais.  

(matéria retirada da revista planeta sustentável- Ed Abril)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Cerâmica - parte II

História (parte II)

Entre 4000 e 3000 a.C., a Suméria constituía um importante centro de produção cerâmica, tal como  Ur e Uruk. Usavam-se tijolos de argila cozida na construção de edifícios e cidades. E é também nesta época que irá desenvolver a roda de oleiro.
A descoberta do verniz ou vidrado, entre 2000 e 1000 a.C., constitui um grande passo em frente para o revestimento das peças de cerâmica. O vidrado começou a ser utilizado nos tijolos e, mais tarde, nas peças cerâmicas.
Também na Pérsia, por volta de 2500 a.C., vamos encontrar um tipo de cerâmica muito semelhante ao da Mesopotâmia. As paredes di palácio do rei persa Dario I, em Susa, foram decorados com azulejos vidrados de diversas cores.

Os archeiros de Dario I
Susa (cerca de 500 a.C.)
Relevo em ladrilhos vidrados, com 2 metros de altura. Museu do Louvre.
(texto do livro La Cerámica)

A Cerâmica - parte I

O conhecimento da origem de um trabalho fortalece o processo de identificação e estabelece vínculos concretos com o presente e futuro.

História (parte I)

É difícil estabelecer o momento exato da descoberta do processo da cerâmica - ou seja -, da modelação, secagem e cozedura, pelas quais uma simples peça de argila se transforma em cerâmica.
Quando o homem pré-histórico descobre o fogo e a sua capacidade para endurecer o barro, todo um mundo de possibilidades se abre perente ele. Mas será apenas no neolítico, quando o homem se dentariza e se dedica  pela primeira vez à agricultura e ao pastoreio, que a cerâmica se vai desenvolver e difundir.
O homem e a mulher pré-históricos modelavam o barro à mão, mediante a técnica de bola ou a de rolos de argila. Utilizavam também cestos para enfornar recipientes, usando-os como uma espécie de moldes primitivos.
Esta cerâmica, cozida a temperaturas muito baixas, era porosa e muito frágil. Soluções foram sendo encontradas para resolver os problemas. Para tornar os seus vasos impermeáveis, por exemplo, recorriam ao polimento. A decoração era feita com punções ou com a simples pressão dos dedos, impressões essas que ficavam marcadas na argila mole. Também se recorria com muita frequência a desenhos com motivos geométricos. E ainda a pintura, feita com pigmentos de cor vermelha ou bege, produzidos a partir da própria argila com que trabalhavam.
Uma vez decoradas e secas, estas peças deviam adquirir dureza, possível somente com a cozedura. O sistema não permitia alcancar temperaturas altas - estas rondariam os 600° C - mais ainda assim era o suficiente para converter a argila numa cerâmica de cor negra. A estas fogueiras sucederiam os fornos primitivos, que seriam aperfeiçoados pouco a pouco. O controle do fogo iria evoluir, permitindo um gradual aumento da temperatura de cozedura.

(Texto do livro - La Cerámica)

Madeira de Redescobrimento

Material de Demolição

Reutilizar peças antigas e materiais de demolição faz de seu lar uma caixa de surpresas e histórias - e contribui para a preservação ambiental. Os objetos vão ganhando outro rumo e novas lembranças são agregadas ao que seria descartado.

“Objetos antigos, especialmente se pertenceram a um parente ou vêm com uma narrativa, tornam-se bens preciosos. Não porque seu valor seja potencialmente um investimento, mas porque eles trazem uma experiência única”, afirma Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da USP. Isso acontece quando um objeto ganha valores simbólicos, como as lembranças e as histórias que as pessoas agregam a ele.

Materiais antigos hoje também ganham novo design, nas mãos de profissionais como Carlos Motta, arquiteto que faz projetos e móveis usando o que chama de “madeira de redescobrimento” – árvores caídas ou madeiras de demolição. “As pessoas estão percebendo que é um devaneio trocar tudo, o tempo todo, por peças da moda. Só que não se trata de moda, mas de utilidade”, diz Carlos. “Uma cadeira serve para sentar, e é possível sentar nela por muitos anos.”

E a casa cai

Assim como a vida se renova e se recicla, as cidades também ganham novas caras. No livro São Paulo: Três Cidades em Um Século, o arquiteto Benedito Lima de Toledo compara São Paulo a um imenso pergaminho, que tem sua escrita raspada de tempos em tempos, para receber outras palavras. Com as cidades, principalmente no Brasil, em constante reconstrução, nem sempre quem ganha é a história. “A demolição das casas antigas ocorre por causa da especulação imobiliária. Os terrenos valem por sua potencialidade construtiva”, diz Benedito. Isso significa que, muitas vezes, uma bela casa construída na década de 1920 é demolida para dar lugar a um prédio comercial, que vai gerar mais lucro.

Ainda que, em alguns casos, simbolizem o fim de uma história arquitetônica, as casas demolidas podem emprestar seus pedaços para novas construções. É que pouco se perde do que vem abaixo. Telhas, pisos, tijolos, janelas, portas, quase tudo pode ser reaproveitado. O material de demolição de construções recentes tem preços mais acessíveis. Já o material de casas antigas, de mais de 50 anos, é valorizado, virou coisa chique. Existem até lojas especializadas que vendem esses materiais em seu estado original ou restaurados.

Pensando em tudo isso, vale olhar com mais cuidado para suas paredes e as de seus familiares e investigar um pouco as histórias que elas ocultam. Acertava em cheio o escritor irlandês George Moore quando dizia que “um homem percorre o mundo inteiro em busca daquilo de que precisa e volta para casa para encontrá-lo”.
(matéria da revista vida simples-"morar")

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sustentabilidade - madeira de demolição na sua casa

Utilizar recursos naturais tornou-se uma necessidade do nosso planeta para a sobrevivência das espécies e a arquitetura de interior entrou na onda do sustentável utilizando entre outros materiais de grande relevância, a madeira de demolição. Ela pode ser modelada de várias formas por ser um material que sempre se manterá único frente às tendências impostas pelo mercado.
Além de ser ecologicamente correta, a madeira de demolição tem aspectos particulares como a aparência envelhecida que agrada a maioria das pessoas, por trazer ao ambiente um ar de aconchego sem ter a cara de lugares rústicos e primitivos. Ela é reaproveitada da demolição de construções, onde geralmente são encontradas nas estruturas e nas matérias-primas.
A idéia de modelar pisos, móveis, esquadrias, objetos de decoração e até mesmo forros, garante a reutilização desse material que é extremamente durável já que a madeira passa por um processo de estufa natural, que garante uma alta resistência contra rachaduras e empenamentos por estar extremamente seca. Mas engana-se quem pensa que estará economizando ao comprar esse material, afinal muitas dessas madeiras estão extintas e todas necessitam ser restauradas e remodeladas para serem utilizadas novamente.
Entre as madeiras comercializadas estão: Peroba, Jacarandá, Ipê, Canela, Pinho e Riga. Além de todas as vantagens citadas acima, a madeira de demolição tem uma versatilidade que nenhum outro material tem, pois pode receber tratamentos diferenciados ao longo dos anos. Ou seja, você pode mudar a cara do seu piso polindo-o mais ou menos, ebanizando, clareando, e escolher até que nível do rústico você quer dar a ele.
(matéria do site - www.plenamulher.com.br)